Andar de Bugue agora somente a passeio

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Quem desejar alugar um bugue nas férias, vai ficar só na vontade. Há dez anos, as locadoras vêm-se extinguindo os seus carros e deixando a opção dos turistas recorrerem apenas aos passeios com motoristas

Houve uma época em que o bugue fazia-se presente no asfalto e nas praias de Fortaleza. Porém, se agora ele é artigo raro nas garagens particulares, nas locadoras, então, o carro já está extinto.

Quem quiser alugar um bugue, vai ficar só na vontade. Das 54 lojas cadastradas à Associação Cearense das Locadoras de Automóveis (Acla), nenhuma se habilita mais a ter um desses carros disponíveis para contratos.

Horácio Bezerra de Menezes, dono da Buggy Tur Locadora desde 1988, carrega no nome da loja o seu passado baseado em um veículo que há oito anos fez questão de se desfazer por completo.

A marca da empresa continua a mesma, porém, desde 2001, resolveu começar a substituir os seus bugues pelos 4x4 e, ele garante, que agora os seus problemas são bem menores e suas noites de sono mais longas. Segundo Horácio, não foram poucas as vezes em que teve de acordar de madrugada para resgatar um cliente com problema com o automóvel.

De acordo com o presidente da Acla e também proprietário da locadora Amazônia, José Rodrigues de Melo, o carro não foi concebido para andar em areia e, sim, adaptado. Porém, o prejuízo não está relacionado somente a esse quesito, mas também com a falta de experiência dos turistas em conduzir os bugues.

"Eles não têm o sistema 4x4 e isso exige que a pessoa tenha habilidade de dirigir. Eu tinha só um bugue no início da minha locadora, em 1995, e ele dava mais trabalho do que os outros vinte carros. As pessoas que são daqui buscam subir a duna de lado, procurando a parte menos íngreme. Já o turista, que aluga um carro desse, não tem essa noção e tenta entrar de qualquer jeito. Então, acaba com caixa de marcha, com motor", explica.

Com a soma desses fatores, o resultado ficou negativo para empresas. Por isso, há dez anos, com a chegada dos veículos 4x4, as locadoras consideraram mais vantajoso fazer a substituição da sua frota.

No entanto, algumas locadoras também já estão desistindo até mesmo desses modelos adequados a andar fora do asfalto, pelos mesmos motivos dos bugues. Ainda que tenham restrições no contrato, os clientes insistem em conduzir o veículo em terrenos arenosos e, por não conhecerem o local, acabam atolando ou virando o carro. Segundo José Rodrigues, além de danificar o automóvel, a maioria não paga o conserto e ainda há aqueles que nem mesmo querem dar o valor da franquia.

Ele mesmo já perdeu várias caminhonetes e, em uma delas, o custo dos reparos ultrapassou os R$38 mil.

Esse comportamento não é exclusivo do brasileiro, os estrangeiros também dão trabalho por irem embora sem pagar o conserto, tornando mais difícil recorrer à justiça.

Preço de 4x4

Muitos turistas, principalmente os brasileiros, ainda tentam recorrer ao aluguel de bugue, porque querem um carro mais barato para passar as férias. Entretanto, pela lei da oferta e da procura, aliada aos grandes gastos, o contrato ficou um pouco- mais valioso.

Se antes a média de preço era de R$85,00 a R$100,00, um pouco mais caro do que um popular, quando encontrado atualmente, em locais que não são oficialmente locadoras, o valor equivale-se a um 4x4. Tudo isso porque as manutenções são constantes, então quem ainda se arrisca no mercado tem que colocar os custos dos reparos.


fonte: diario do nordeste

Pelo que estou sentindo, os buggys do Ceará vão tornarem street buggy, igual aos de São Paulo.

Nill, esse é o motivo para o mercado de buggy estar mais difícil e menos lucrativo ai no norte? Só para entender por que teu concorrente parou a fabricação dos buggy´s por trinta dias. Aqui no sul nunca ouvi falar de uma fábrica parar por inteiro para tirar férias a não ser quando esta para fechar. Sem criar polemica, só não conheço o mercado deste lado do país e não quero formar uma idéia errada.