Professor inoportuno

Pois meu filho formou-se em física, semana passada. Durante a cerimônia - que englobou outros cursos - o professor homenageado do curso de história desandou com um discurso ideológico, condenando a ação do governo ao reprimir uma greve de professores no final do ano passado, condenando a invasão da Faixa de Gaza e outras coisas do mesmo calibre. Fiquei pensando sobre o que este professor ensinou a seus alunos que, por sua vez, irão ensinar nossos filhos e netos. Uma versão única da história? Ele não falou nos atos terroristas do hamas, não falou no genocídio do Sudão, não falou que os professores ensaiaram uma greve em pleno final de ano, quase impedindo muitos alunos de fazerem vestibular.

Não gosto de discussões políticas e respeito todas as posições, mas fui obrigado a ouvir bobagens em um momento tão importante para mim. E a fazer este tipo de reflexão: nossas escolas estão ideologizadas, sim! Mesmo os cursos privados estão cobertos de professores deste mesmo porte. Professores que não ensinam a diversidade, não mostram todos os lados de uma mesma história, destilam ódio e incompreensão a seus alunos e tentam tirar deles o livre arbrítrio.

A guerra na Faixa de Gaza é condenável em todos os aspectos, mas mais condenável ainda, é o uso de crianças como escudos, o uso de escolas para ações terroristas. O Brasil tomou posição contra Israel na Comissão de Direitos Humanos da ONU. Mas saibam que nosso país foi contra uma resolução condenatória ao Sudão, cujo governo muçulmano já matou mais de 300.000 cristãos em seu próprio território. Nosso país condenou a invasão do território do Equador pela Colômbia, mas não disse uma única palavra condenatória ao Equador, que dá guarida a terroristas. Nosso país dá guarida a dois assassinos condenados na Itália, mas devolve, na calada da noite, dois atletas cubanos.

Foi isso que o professor de história relatou e é isto que ele ensina aos seus alunos. Eu, quando estudante universitário, fiz minha parte contra um governo totalitário que não detinha mandato popular. Não peguei em armas, como alguns de nossos ministros, pois nunca acreditei na violência. Fiz o que se faz quando temos oportunidade: discuti muito, tentei convencer pessoas que poderíamos ter uma democracia e, ao final, o Brasil conseguiu isso. Ou eu pensava que tinha conseguido.

Desculpem, usar o Planeta para um desabafo como este é um erro, eu sei...

Editando: não pensem que sou contra muçulmanos, cristãos ou judeus. Sou ateu, mas tenho amigos em todas estas crenças. Sou contra a intolerância, seja ela qual for.

Carlão boa noite, penso que não exista nenhum motivo para você se desculpar, você não disse nenhuma mentira, ou seja, este seu desabafo penso eu esta entalado em muitas gargantas brasileiras, pois nosso povo hoje só faz reclamar pelos cantos, se outros fizessem ou tomassem uma atitude como a sua talves pudessemos mudar alguma coisa por aqui.
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A propósito parabens a ambos por mais esta conquista, pois indiretamente a sua participação com certeza foi muito importante.

Abraços.

Vladimir.

Carlão escreveu:Pois meu filho formou-se em física, semana passada. Durante a cerimônia - que englobou outros cursos - o professor homenageado do curso de história desandou com um discurso ideológico, condenando a ação do governo ao reprimir uma greve de professores no final do ano passado, condenando a invasão da Faixa de Gaza e outras coisas do mesmo calibre. Fiquei pensando sobre o que este professor ensinou a seus alunos que, por sua vez, irão ensinar nossos filhos e netos. Uma versão única da história? Ele não falou nos atos terroristas do hamas, não falou no genocídio do Sudão, não falou que os professores ensaiaram uma greve em pleno final de ano, quase impedindo muitos alunos de fazerem vestibular.

Não gosto de discussões políticas e respeito todas as posições, mas fui obrigado a ouvir bobagens em um momento tão importante para mim. E a fazer este tipo de reflexão: nossas escolas estão ideologizadas, sim! Mesmo os cursos privados estão cobertos de professores deste mesmo porte. Professores que não ensinam a diversidade, não mostram todos os lados de uma mesma história, destilam ódio e incompreensão a seus alunos e tentam tirar deles o livre arbrítrio.

A guerra na Faixa de Gaza é condenável em todos os aspectos, mas mais condenável ainda, é o uso de crianças como escudos, o uso de escolas para ações terroristas. O Brasil tomou posição contra Israel na Comissão de Direitos Humanos da ONU. Mas saibam que nosso país foi contra uma resolução condenatória ao Sudão, cujo governo muçulmano já matou mais de 300.000 cristãos em seu próprio território. Nosso país condenou a invasão do território do Equador pela Colômbia, mas não disse uma única palavra condenatória ao Equador, que dá guarida a terroristas. Nosso país dá guarida a dois assassinos condenados na Itália, mas devolve, na calada da noite, dois atletas cubanos.

Foi isso que o professor de história relatou e é isto que ele ensina aos seus alunos. Eu, quando estudante universitário, fiz minha parte contra um governo totalitário que não detinha mandato popular. Não peguei em armas, como alguns de nossos ministros, pois nunca acreditei na violência. Fiz o que se faz quando temos oportunidade: discuti muito, tentei convencer pessoas que poderíamos ter uma democracia e, ao final, o Brasil conseguiu isso. Ou eu pensava que tinha conseguido.

Desculpem, usar o Planeta para um desabafo como este é um erro, eu sei...

Editando: não pensem que sou contra muçulmanos, cristãos ou judeus. Sou ateu, mas tenho amigos em todas estas crenças. Sou contra a intolerância, seja ela qual for.

Obrigado, Vladimir. O mais importante sentimento humano é a indignação. Graças à ela, a humanidade cresceu e se desenvolveu. O amor é importante, mas mais importante ainda é a indignação que é o que nos difere dos animais e permite que sejamos melhores e que se impeça - ou se tente impedir - que algumas situações aconteçam ao revel do sentimento da maioria. Infelizmente, estamos perdendo um pouco a capacidade de nos indignarmos com tantas coisas que acontecem no mundo e em nosso País. Quando perdermos esta capacidade integralmente, teremos perdido nossa própria condição humana.

Carlão, faço das palavras do VLADIMIR as minhas, acreditem, tomei posse em 1987 num banco fundado por um menbro da corte potuguesa, havia um clima de autoritarismo e discriminação, como vc. fiz minhas convicções serem ouvidas até porque não entrei pela janela mas sofri algumas discriminações, lutei e venci, acredito veementemente que se todos fizessem a sua parte em todas os seguimentos, estariamos numa situação melhor, sempre sem violência sem imposição de credo, cor ou religião.

Me desculpem

ALVARO