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dicas de tintas

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Mensagem por Bugólatra Dom Fev 26, 2012 9:40 am

Ai vai algumas dicas para ajudar os leigos a conhecer as diferêças entre as tintas disponiveis atualmente no mercado.

Vamos lá ver se eu consigo lembrar e passar tudo que eu li numa revista a uns tempos atrás.

Tintas Automotivas



As tintas automotivas são aquelas, como o nome diz, para pintar automóveis (e não modelos de carros, como pensam alguns) e geralmente são vendidas em grandes quantidades. Essas tintas, a princípio, só deveriam ser vendidas para funilarias. As cores do modelismo são muito exatas, necessitam de misturas corretas para adquirir o tom desejado. O uso de tintas básicas e a mistura feita manualmente, dificilmente atingiriam o resultado desejado.

Nos últimos anos, os sistemas de fabricação de cores exatas (misturadores) ficaram mais acessíveis e alguns vendedores viram nesse meio um novo mercado a ser explorado - o modelismo. A venda de pequenas quantidades, em cores mais específicas permite que essas tintas sejam usadas no modelismo.

Existem básicamente três tipos de tintas automotivas: As tintas de poliéster, tintas a base de laca de nitrocelulose e tintas acrílicas. As tintas de poliéster são indicadas para pinturas coloridas e brilhantes, ideal para modelismo de carros e motos. As tintas formam uma camada meio que plástica e possuem vários tons. Praticamente todas as cores estão nessa segunda categoria. As tintas acrílicas devem ser diluídas em verniz acrílico e não atacam pinturas metálicas ou transparências.

Além disso, existe um terceiro material que é chamado de primer. Ele ajuda a aderir a tinta no plástico, uma vez que ela foi feita para aderir em metal e necessita de um fixador para grudar em outras superfícies. As tintas duco atacam o plástico (assim como alguns solventes), por isso, o uso de primer não é só recomendado, como obrigatório. Outra opção para se aderir tinta no plástico são os chamados "promotores de aderência". Um composto feito exclusivamente para esta função, servindo como base ou podendo ser usado antes do tradicional fundo (de cor cinzenta).

A diluição da tinta depende do fabricante que a vende. Alguns as vendem já com um pouco de solvente, de modo que a quantidade necessária é menor. Outros as vendem quase in-natura, parecendo uma pasta grossa, de modo que é necessario muito mais solvente. De qualquer maneira, a quantidade de solvente é bem maior que nas tintas próprias para o plastimodelismo. Em geral deve ser 1 parte de solvente para 1 de tinta (em tintas mais ralas) e até 3 de solvente para 1 de tinta, em caso de tintas mais grossas.

Para dissolver as tintas automotivas, recomenda-se usar o diluente apropriado, normalmente recomendado para o tipo de tinta a ser usada. Costuma-se usar o Thinner, que é um solvente (são destinados principalmente à limpeza dos materiais de pintura) como diluente, o que merece uma atenção um pouco maior. Tintas acrílicas só devem ser dissolvidas em verniz acrílico, caso contrário, pode ocorrer o "queimado" da cor, ou decantação do pigmento no fundo.

Assim como existem as tintas automotivas, existe também o verniz automotivo, que tem a mesma função do verniz convencional. A vantagem é que este, sendo próprio para o tipo de tinta, não reage com a mesma, causando mudanças de cor ou defeitos na pintura tipo enrugamento. Além disso, o verniz automotivo é bem mais resistente ao tempo, e não amarela com facilidade. Existem dois tipos de vernizes, os pronto para uso que é só diluir e usar, e os chamados "bi-componentes". Este último, como o nome diz, é dividido em dois compostos, a tinta e o catalisador, uma espécie de "secante". Este é mais forte e merece maior atenção na hora da aplicação além de uma experiência maior por parte do plastimodelista.

Outra vantagem da tinta automotiva é que sendo feita para automóveis, pode-se usar cera de carro para dar polimento e brilho (no caso de cores brilhantes), usando a mesma técnica recomendada na embalagem da cera. Deve-se no entanto, substituir o pano por algo mais fácil de manusear, como algodão e/ou cotonetes.

As tintas automotivas podem ser encomendadas ao gosto do freguês, de modo que elas nunca estão em falta, ou são difíceis de achar. Basta entrar em contato com o fabricante ou com a loja de revenda, e passar o código FS da tinta desejada e ela poderá ser feita na hora. O preço dessas tintas, pode de início assustar, mas botando na ponta do lápis fica mais barato que a tinta normal. Enquanto uma tinta convencional, de 10 a 30ml custa cerca de R$ 10,00, um vidro de tinta automotiva custa R$ 15,00, mas em uma embalagem que varia de 50 a 300 ml. Além disso, deve-se levar em conta que a tinta precisa ser diluída muito mais, o que significa que ela rende muito mais que a tinta comum. Um pigmento de 300 ml de tinta duco in-natura rende mais de 1 litro de tinta.



Tipos de pintura

Para definir esse processo, é necessário identificar qual o tipo de pintura e de tinta que será utilizada. Atualmente, nos processos de pintura ou repintura automotiva, são utilizadas as tintas PU (poliuretânicas) e poliéster. Os métodos de preparação da chapa para receber essas duas tintas de acabamento são os mesmos.

O tipo de pintura é diferenciado pela necessidade ou não da aplicação do verniz para se obter o brilho final necessário. Os fabricantes de veículos e de produtos de pintura podem utilizar diferentes nomes para definir estas diferenças, contudo pode-se sempre encontrá-los dentro de duas categorias:

- Monocamada: A própria resina dessa tinta, também conhecida como tinta PU (poliuretânica), proporciona o brilho final do acabamento. Esse sistema, geralmente, é utilizado em veículos com cores sólidas e lisas, em que não é necessária a aplicação do verniz para obter o brilho. É uma pintura utilizada, em sua maioria, em carros mais antigos.
- Bicamada: Esse processo define-se, normalmente, em duas fases: primeiro ocorre a aplicação da tinta poliéster e, posteriormente, a aplicação do verniz, que trará o brilho e a dureza adequados para a pintura. Esse sistema pode se dividir em cores lisas, sólidas, metalizadas e perolizadas, variando apenas as bases das tintas, que interferem no processo de acerto de cor.
Atualmente, também são encontrados veículos com pinturas tricolt ou tricamadas, um tipo de pintura com efeitos diferenciados. A primeira base proporciona a cor de fundo, a segunda, um efeito, e na terceira, é o verniz que dá o brilho e a dureza.

Identificação do processo

Para identificar se a pintura foi feita pelo processo monocamada ou bicamada, é preciso observar os seguintes itens:
- Quando é feito o polimento ou lixamento em uma peça PU, nota-se que a cor da boina ou da lixa é a mesma do carro.

Isto não acontece com a tinta poliéster, pois o que está sendo polido ou lixado é a camada de verniz, e não a de tinta; o que aparece é apenas um pó leitoso.

- Em cores metálicas ou perolizadas, nota-se o reflexo dos pigmentos que compõem a tinta. A simples menção do tipo da tinta não é o suficiente para ter certeza de que a tinta utilizada é a correta.
- Uma cor metálica sempre refletirá partículas de alumínio, já uma cor perolizada terá reflexos coloridos de suas partículas.

Processo de pintura
O processo de pintura de acabamento para ambos os tipos de pintura (mono e bicamada) são bem parecidos, mas existem algumas diferenças:

Monocamada
O processo de pintura de acabamento em um veículo monocamada, ou seja, com tinta PU a ser aplicada, é bem simples:
• Após a preparação da tinta, é escolhida a pistola de pintura a ser utilizada.
• Caso o reparo seja realizado em uma área especifica, é necessário proteger as outras partes do veículo;
• Deve-se limpar a superfície;
• Em seguida, aplica-se cerca de três demãos de tinta PU;
• Com a cura da tinta, o processo de pintura já está finalizado.

Bicamada
O processo de pintura de acabamento em um veículo bicamada, ou seja, com tinta poliéster a ser aplicada, ocorre da seguinte maneira:

Fluxo do processo de aplicação: Pinturas mono e bicamada



Evolução do processo de pintura
- As melhorias na oferta de produtos, equipamentos e tecnologias estão intimamente ligadas à evolução do processo de pintura dos veículos. Os principais exemplos destas melhorias estão descritos abaixo:
- A modernização de equipamentos, por meio da implantação de ferramentas pneumáticas (politrizes, lixadeiras roto-orbitais);
- Pistolas com novas tecnologias, como a HVLP, que possuem um bom índice de transferência, aumentando o ganho de tempo e material para a oficina, além de diminuir a contaminação do ar;
- Substituição do lixamento a água pelo sistema a seco, eliminando os problemas de corrosão dos veículos e sujeira excessiva;
- Produção de tintas com uma menor quantidade de VOCs (Compostos Orgânicos Voláteis);
- Desenvolvimento das cabines de pressão positiva com filtros de carvão ativado, contribuindo também para a preservação do meio ambiente e o aumento da qualidade no trabalho;
- Substituição das linhas de pintura à base de solvente, por linhas à base de água, que reduzem muito a contaminação do meio ambiente, e melhoram a saúde do profissional da oficina.
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Mensagem por Elvis Dom Fev 26, 2012 1:12 pm

Informações importantissimas...

Obrigado
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Mensagem por Volnei S Ter Fev 28, 2012 3:24 am

Também gostei das informações, pois não tenho muito conhecimento no assunto.
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